terça-feira, 12 de novembro de 2013

Ponto da situação (2)

Num ano terrível como este que agora se aproxima do fim escrever, publicar e ler poesia é uma forma de não desistir e de desejar, ou imaginar, uma vida mais verdadeira mais plena mais justa. Não é forçosamente uma forma melhor do que outras. Mas é uma das formas que a mim mais me importa. Depois destes, e sem qualquer ordem, estes são os livros que li (alguns com proveito, outros nem por isso) ou quero ler nas próximas semanas:

1) José Tolentino Mendonça, A papoila e o monge, Assírio & Alvim;
2) José Luís Costa, Da Madragoa a Meca, & etc;
3) Nunes da Rocha, Óculos sujos, fígado gordo, & etc;
4) Henrique Manuel Bento Fialho, Suicidas, Deriva;
5) José Ricardo Nunes, Compositores do período barroco, Deriva;
6) Ricardo Gil Soeiro, Barteblys reunidos, Deriva;
7) AAVV, Esta casa, Averno;
8) Beatriz Hierro Lopes, É quase noite, Averno;
9) Adília Lopes, Andar a pé, Averno;
10) Manuel de Freitas, Pontas do mar, Paralelo W;
11) Rui Pires Cabral, Broken, Paralelo W;
12) Rui Pires Cabral, Álbum, Nenhures;
13) Daniel Jonas, Passageiro frequente, Língua Morta;
14) José Manuel Teixeira da Silva, O lugar que muda o lugar, Língua Morta;
15) Luís Quintais, Depois da música, Tinta da China;
16) João Vasco Coelho, Na ordem do dia, Artefacto;
17) Miguel-Manso, Supremo 16/70, Artefacto;
18) Helder Moura Pereira, Eu depois inventei o resto, Companhia das Ilhas;
19) Gez Walsh, A borbulha no rabo, versão em português de Helder Moura Pereira, Companhia das Ilhas;
20) Antonio Orihuela, Que o fogo recorde os nossos nomes, tradução de Manuel A. Domingos, Medula;
21) Rui Almeida, Leis da separação, Medula;
22) Manuel Filipe, Lisboa oriental, Tea for one;
23) Manuel Filipe, À beira de Cesário, edição do autor;
24) Rui Caeiro, Um gato no inferno, edição do autor;
25) Frederico Pedreira, O artista está sozinho, edição do autor;
26) Jorge Reis-Sá, Instituto de antropologia, Glaciar;
27) Robert Bréchon, Ecos reflexos miragens - poemas (1947-2002) seguidos de um Elogio da Imitação, traduções de Maria João Fernandes, Caroline Mascarenhas e António Ramos Rosa, Afrontamento;
28) AAVV, Resumo - A poesia em 2012, poemas escolhidos por Armando Silva Carvalho, José Alberto Oliveira, Luís Miguel Queirós e Manuel de Freitas, Documenta/FNAC.

Quanto a revistas, ei-las:

1) Relâmpago, nº duplo, 31 e 32, outubro de 2012 a abril de 2013, Fundação Luís Miguel Nava;
2) Telhados de Vidro, nº 18, maio de 2013, Averno;
3) Cão Celeste, nº 3, maio de 2013.

Até ao final do ano sairão novos livros (de Nuno Júdice, por exemplo) ou chegarão às minhas mãos - pelo menos assim o desejo - outros que já vieram a lume (as 15 odes ocas de E.M. de Mello e Castro, por exemplo). Hei-de lê-los logo que possa. Dos lidos, destaco dois: o de Adília, maravilhoso pela intensidade e pela brevidade; e o de Nunes da Rocha, um dos livros do ano, fazendo boa companhia às Servidões de Herberto, às grandes ondas de Barahona e à flor de plástico de Golgona Anghel. Um ano com meia dúzia de grandes livros (e mais uns quantos muito bons) não pode ser, apesar de tudo, um ano mau. E ainda não acabou.